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Dia das bandeiras: conheça todas as bandeiras LGBTQIAP+

Hoje é dia 30 de maio, Dia das Bandeiras! Toda bandeira é um símbolo, seja ele para representar um país, grupo político, esportivo ou uma comunidade, como o caso da nossa. Aproveitamos a data para divulgar aqui a história das bandeiras que veremos muito durante Junho, mês da visibilidade lgbti+.

Bandeira LGBTI+

A maior parte de nós já viu a bandeira lgbti+, que é composta pelas cores do arco íris. Ela foi criada pelo ativista gay Gilbert Baker na década de 70. Na época, ele sentiu que os lgbtis+ precisavam de algo que fosse positivo e que celebrasse o amor daquela comunidade. Cada cor possui um significado: rosa representa a sexualidade, vermelho a vida, laranja a saúde, amarelo o sol, verde a natureza, azul a arte, índigo a harmonia e violeta o espírito. Hoje vemos muito mais constantemente uma versão com apenas seis cores da mesma.

Apesar dessa bandeira se propor a englobar todo mundo que é lgbti+, outras partes da comunidade criaram suas próprias bandeiras. Um boa analogia se faz com as bandeiras de um país e seus estados. Enquanto a bandeira do país representa todo um povo de uma nação, a bandeira de cada estado representa cada região específica.

Nova bandeira LGBTI

O designer estadunidense Daniel Quasar a criou em 2018. A nova versão se propõe a ser mais inclusiva e, além das cores do arco-íris, traz o preto e marrom em referência à diversidade racial e as cores da bandeira trans.

Ao invés de “empilhar” as cores, como na proposta mais simples da bandeira LBGTI+ pela diversidade racial, ele as posicionou deslocadas ao canto. A seta formada aponta à direita, simbolizando o avanço do movimento, e à esquerda está representado o que ainda precisamos conquistar.

Apesar de reconhecer as boas intenções do designer, muita gente não gostou dessa mudança.

Primeiro, porque a nova bandeira quebra a primeira regra do design de bandeiras: a simplicidade. Afinal, quanto mais complicada, maior seu custo de produção – o que pode limitar seu acesso por todos.

Outro ponto reside em design ser literal demais. A bandeira clássica, pensada em 1978 pelo artista e ativista Gilbert Baker, foi proposta como um símbolo unificador para toda a comunidade LBGTI+. Assim, sua simbologia não está contida somente nas cores de forma individual.

“O arco-íris é encontrado em registros da história antiga como um símbolo de esperança. Está no Livro da Gênesis, aparecendo como uma prova de aliança entre Deus e todos os seres vivos. Também é encontrado na história chinesa, egípcia e indígena norte-americana”, relata Baker.

Em 2015, a bandeira de Baker foi, inclusive, colocada na coleção permanente do Museu de Arte Moderna de Nova Iorque – o MoMA. A curadora que o entrevistou na época da aquisição, porém, opina que as provocações criadas pela nova bandeira podem ser muito úteis para gerar discussões, reforçando o papel do design como catalisador de mudança.

Bandeira Bissexual

Criada em 1998 por Michael Page, que queria aumentar a visibilidade das pessoas bis fora da grande comunidade lgbti+.

Bandeira Pansexual

Apareceu pela primeira vez em 2010 e é usada para distinguir pessoas pansexuais das bis. Apesar de algumas pessoas pans também se identificam bissexuais, o “pan” implica atração a mais de dois gêneros. Então a bandeira do orgulho pan usa rosa para pessoas no espectro feminino, azul para o espectro masculino e amarelo para não-binários ou intersexuais.

Bandeira Lésbica

Natalie Mcgray criou esta bandeira em 2010. A versão original contém uma marca de batom rosa em forma de beijo no canto esquerdo superior, mas a versão sem é mais usada. Algumas lésbicas se opõe ao uso dessa bandeira porque o blog no qual Natalie a postou existem comentários racistas, bifóbicos e transfóbicos. Além disso, os tons de rosa e a terminologia “lésbica batom” não é inclusivo para as lésbicas caminhoneiras. Vários outras propostas de bandeira já foram sugeridas, porém não há um consenso sobre qual usar e a de Natalie McGray continua sendo a mais popular.

Bandeira Lésbica Labrys

Também de origem polêmica: foi proposta em 1999 por um homem cis chamado Sean Campbell, designer gráfico. É baseado no Labrys, um machado de duas lâminas associado às Amazonas na mitologia. As lésbicas começaram a usar o Labrys como um símbolo do feminismo lésbico no começo da década de 1970. O triângulo preto representa o triângulo que os nazistas forçaram àqueles tachados de “associais” – incluíndo lésbicas – a usar em campos de concentração. Já a cor roxa é tradicionalmente associada às mulheres queers, remetendo ao uso do roxo pela poetisa Sappho quando ela falava sobre amor romântico entre mulheres.

Bandeira Assexual

No verão de 2010, a Rede para Educação e Visibilidade Assexual, junto com outros líderes assexuais, juntaram-se para propor a bandeira do orgulho assexual. Seu objetivo era “ter um símbolo que pertencesse a todos nós”. Cada cor têm um significado: preto para assexualidade (quando não há atração sexual), cinza para os cinza-sexuais e demissexuais (sentem atração sexual apenas às vezes), branco para parceiros e aliados não-assexuais e roxo para representar a comunidade.

Bandeira Arromântica

Bantante similar à bandeira assexual e agênero. As faixas verde e verde claro representam todos aqueles que estão no espectro arromântico, enquanto também representa formas não românticas de amor e atração. Já o cinza e o preto representam todas as sexualidades do espectro arromântico.

Bandeira Trans

Uma mulher trans veterana da marinha chamada Monica Helms criou a bandeira do orgulho trans em 1999. “As faixas superiores e inferiores são azul claro, cor tradicional para meninos. As faixas seguintes são rosa claro, cor tradicional para meninas”, disse Helms. “A faixa no meio é branca, para aqueles que são intersexuais, transicionando, consideram que têm gênero neutro ou sem gênero definido. O padrão da bandeira é feito de forma que não importa como você a vire, ela sempre estará correta, representando quando encontramos coerência nas nossas vidas.

Bandeira Genderqueer

Marilyn Roxie criou essa bandeira em 2010 e terminou seu design em 2011. É uma bandeira com faixas de cores similares a outras bandeiras LBGTI+. As cores foram escolhidas para representar diferentes identidades de gênero: lavanda, que é uma mistura de azul e rosa, para representar tanto os andrógenos quanto a androginia; branco para representar identidades agênero; e verde, o contrário da cor lavanda, para representar aqueles que estão fora do binarismo de gênero.

Bandeira inclusiva às Raças

Em 2017, o grupo ativista chamado More Color More Pride, localizado na Filadélfia, adicionou as faixas marrom e preta na parte superior da bandeira lgbti+ tradicional para lembrar que a comunidade deve ser inclusiva a todas as raças.


Bandeira Intersexual

Foi inventada por Morgan Carpenter em 2013 para representar totalidade e simplicidade. “O círculo é ininterrupto e sem ornamentos, simbolizando totalidade, completude e nossas potencialidades,” diz Carpenter. “Ainda estamos lutando pela autonomia dos nossos corpos e por integridade genital. Isso simboliza o direito de sermos quem somos e como queremos ser.”

Bandeira Gênero fluído

Criada em 2012 por JJ Poole, essa bandeira possui uma listra rosa para feminilidade, uma listra azul para a masculinidade, uma listra roxa para ambos, uma faixa preta para a inexistência de gênero e uma listra branca para todos os gêneros.

Bandeira Agênero

Por volta de 2014, graças ao designer Salem X ou “Ska”, a bandeira agênero pode ser virada para ambos os lados e permanecer correta, similar à bandeira trans. As listras pretas e brancas representam a completa ausência de gênero, cinza representa ser semi-agênero e o verde representa o gênero não-binário.

Bandeira não-binárie

O ativista Kye Rowan criou a bandeira não-binária em 2014 porque várias pessoas não-binárias sentiam que a bandeira queer não os representavam bem. Sua bandeira usa amarelo para aqueles que o gênero existe fora e sem referência ao binarismo, branco para aqueles que têm vários ou todos os gêneros, roxo para aqueles que sentem seu gênero está entre ou é uma mistura de homem e mulher, e preto para aqueles que sentem que não possuem gênero.

Bandeira Polissexual

Bastante similar à bandeira pansexual, com o verde substituindo o amarelo, mas ainda indicando atração às pessoas com identidades não-binárias. Pessoas polissexuais são diferentes das pansexuais porque podem não se sentir atraídas a todos os gêneros de uma vez só, mas ainda assim são atraídas a vários gêneros.

Bandeira Leather

Proposta por Tony DeBlase em 1989. É usada como um símbolo da comunidade Leather, que é predominantemente constituída de homens gays. Apesar de seu autor dizer que a interpretação da bandeira é livre, alguns dizem que o preto representa o couro; o azul representa devoção, lealdade e comunidade; o branco representa pureza e inocência; e o vermelho representa amor à comunidade.

Bandeira dos Ursos

Proposta por Craig Byrnes e Paul Witzkoskie em 1995. A comunidade dos Ursos é uma “divisão” na comunidade lgbti+, composta por de gays, bissexuais e homens trans que possuem uma estética mais masculina. São “peludos” e podem ter de porte grande. Byrnes e Witzkoskie apresentaram quatro variações da bandeira durante uma votação entre amigos ursos. As sete cores da bandeira vencedora representam as cores de diferentes espécies de ursos do mundo.

Fonte: A Complete Guide To All The LGBTQ+ Flags & What They Mean by Kasandra Brabaw, found in Refinery29

https://www.refinery29.com/en-us/lgbt-pride-flags-meaning#slide-2

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